Não consigo te esquecer como devo. Sempre fica alguma coisa. Presa. Escondida em algum lugar. Às vezes, acho que apaguei tudo. Mas volta. De repente.
É como se em um determinado momento, a cortina abrisse e eu fosse obrigado a ver de maneira dolorosa tudo o que ainda guardo, por alguma razão estranha. É como se precisasse enxergar o óbvio. - Olha, Leonardo, você não vai esquecer agora. Não é o momento.
E quando será?
Não sei.
São espasmos. Algo bem rápido. Dá aquela aflição, aquele pavor, e em algum tempo, morre. E fico nessa rotina, nesse ciclo incessante.
O que faço?
Não faço a menor ideia.
Já tentei tudo, ou tudo o que conseguia fazer. Fingir que não existe, encarar de uma forma diferente, evitar certos assuntos.... não dá. Está dentro.
E sem você por perto, às vezes, dá um vazio.
Um nada tão grande. Como se faltasse algo importante.
Não digo que é impossível viver, pelo contrário, estou bem. Nem devo reclamar.
Porém, o vazio persiste.
Só posso pedir a Deus que me dê alguma solução. Qualquer uma. Fim definitivo ou o que espero.
E o que eu faço com tudo isso?
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