Sinto a sua falta. De uma maneira estranha, também. É uma falta quase absurdo, em alguns momentos. Tanto tempo se passou e as coisas se mantém de alguma forma interligadas. Não entendo o motivo de tudo isso.
Sempre achei que iria te esquecer, porém agora já tenho dúvidas. Não que eu seja um romântico da década de 20 e nem sonhador demais - também tenho incerteza nisso -, mas esperava que o sentimento por você caísse no esquecimento antes. E isso não acontece. Há sempre um pedaço, uma lasca, que fica presa na pele, ardendo, às vezes mais, às vezes menos, porém, está lá. Sempre presente.
As coisas têm mudado. Em qual sentido? Talvez eu tenha voltado a controlar melhor o que sinto ou as minhas esperanças estão diminuindo cada vez mais. Não sei. Há uma outra possibilidade. Eu posso estar gostando menos de ti. Ou escondo melhor o sentimento. Sei lá. Ignoro. Finjo que nem existo. É como se fosse um contato que me assusta.
Aliás, percebi um medo grande de paixões, amores.... qualquer coisa serve. Aquele medo de me dedicar novamente a outra pessoa. O medo de dar errado, de ser usado. Penso assim agora, porque já foram tantas pessoas em pouco tempo; e não termino relações, acumulo-as. Não sei nem se devo. Vou deixando-as para algum outro momento ou para o nunca mais. Isso me assusta também. Tudo me assusta! Estou assustado. Receoso.
QUERO CORRER! É esse o objetivo. Medo de coisas duradouras. Nunca consegui isso. Mas sei que preciso de alguém que me sacuda, vire-me de ponta cabeça e grite certas coisas na minha cara. Quase sem dó. Nada em excesso - ou em excesso do excesso -, porque me chateio com coisas mínimas. As grandes não me machucam.
Pausa.
Perdi a linha. O que eu estava escrevendo mesmo? Acho que esgotei o assunto. Não.
Talvez você consiga me sacudir assim, já conseguiu tantas vezes! Só com uma palavra, vem uma bomba de palavras a minha mente. Levo uns dias para me recuperar, sabe. Destruição e construção. Só que sem drama.
Penso tanto em você, acho eu, por causa do sentimento que não pode se manifestar. Ficou só no desejo, na vontade. E na espera. É essa tentativa inexistente que alimenta tanto o que sinto - penso que deve algo além disso, também. Algo contínuo. No fim das contas.
Quero a oportunidade - é quase uma exigência por justiça - de ver, sentir, tocar, beijar, amar, conversar, abraçar.... e todos os verbos que eu tiver direito. Junto com você.
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