terça-feira, 14 de abril de 2009

A volta

Quando ela sofria por estar calada, sozinha e ressentida, tinha achado melhor se conformar.
De repente, apareceu alguém.
Um alguém que está longe, mas que consegue provocar tantas coisas nela.
Existe uma distância.
Existe uma amizade.
Existe um carinho especial.
Existe um sentimento.
E mais uma vez, ela se torna sozinha, muda e ressentida.
Neste instante – ou em quase todos – com a vida. Que vida injusta! Por que passar por isso? Por que sentir tudo isso? Por que esses dois destinos foram cruzados?
Qual será o fim dessa história?
Ela está cansada. Sem forças.
Ele diz que ela é importante ainda, que há um sentimento, um carinho, mas ela quer mais. Ela quer a presença. Ela precisa da presença. Ela quer o gosto. Ela quer sentir, ouvir, beijar e abraçar.
Ela sente que não é nada pra ele. Que ele não consegue ou não quer considerá-la. Sente-se profundamente enganada e estúpida.
Ela quer gritar: Diz tudo o que você sente!!! Me fala!!!
Não tem mais coragem.
As palavras se atrofiaram e a vergonha a atrofiou.
Ela não quer substitutos, mas seu corpo, obviamente, pede.
Não é justo. Encontrar alguém de quem gostamos, no entanto, não sentir nada como resposta. Tantos obstáculos....
Pra ele tudo é tão simples... será que ele não se importa? Será que ele não gosta? Será que ele não pensa nessa situação toda? Não sei. É provável que não.
Ou pelo menos, devia dizer. Mostrar onde está e em que lugar quer ficar. Se impor. Aparecer.

Sozinha. Ela está sozinha. De qualquer maneira.
Deu voltas, voltas e chegou no mesmo ponto.

Incompetente e doente.

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