Estou com medo.
Muito medo.
Ele está me machucando.
Me arranhando.
Não tenho mais forças contra ele.
Apenas tento respirar e viver.
Ou fingir que estou.
Ainda tenho medo.
Medo de ter vivido uma mentira.
Uma mentira com prazer.
Algo que nunca existiu.
Algo que foi fruto da minha imaginação.
Do meu desejo.
Nada existiu.
Fiquei enganado.
Não sei se fui enganado.
E continuo tendo medo.
Medo de ter vivido o nada.
E mesmo assim, sentindo-me completo.
Com tudo.
Que Deus não tenha feito eu viver uma mentira!
Mentiras não acrescentam.
Destroem.
Eu não quero me destruir ainda mais.
Força.
A verdade um dia virá.
E até lá, eu rezo.
Peço fervorozamente.
Deus!! Diga que não foi mentira!
Diga que o meu coração bateu por algo que existiu.
Diga que cada lágrima valeu a pena!
Diga que houve sentimento.
Diga que vivi.
Preciso viver.
Acho que preciso morrer de novo.
E voltar..... tentar, errar e morrer de novo.
Ainda tenho medo.
Medo da morte.
Medo das minhas lágrimas.
Medo dos meus erros.
Medo das minhas mentiras.
Sou o medo dentro do próprio medo.
É o pavor.
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Caramba ...
ResponderExcluirficou mto bom!
me lembrou 'A Rosa do Povo' do Carlos Drummond de Andrade
:*
com os medos a gente sempre aprende...
ResponderExcluircomo sempre escrevendo otimamente bem
bjoss