A escolha está intimamente conectada ao tempo, ao passar de cada segundo, de cada longo minuto e de cada cansativa hora.
Tenho uma escolha a fazer e três caminhos: escolher uma personalidade sensível ou a insensível ou não querer nenhuma, e simplesmente encerrar tudo e qualquer perspectiva já pensada em outros tempos - olha lá ele de novo - que já se passaram.
Desconsiderando a desistência - pois não gosto de desistir - os outros dois caminhos são totalmente diferentes e individualmente, cada um tem suas características que me prendem de uma forma às vezes - na minha opinião muda - doentia. Mas sei que não sou doente. Sou apenas persistente com aqueles ou aquelas que me amam.
Recebo conselhos. Conselhos sinceros, sem sombra de dúvida. Querem que eu escolha a sensibilidade, mas eu penso: e o percurso do outro caminho? Vai terminar assim de repente? Vai cair por água e simplesmente não existir mais?
Tantas lutas, tantas tentativas, tantas derrotas, tantas lágrimas, tantas crenças, tantas mudanças.
Tudo perdido. Tudo sem necessidade. Tudo sem resposta. Tudo sem fim. Tudo sem o cumprimento do objetivo.
E tudo deve ser esquecido.